tag:blogger.com,1999:blog-12352628448767359472024-03-16T01:13:00.624+00:00Filosofia e ApologéticaViniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.comBlogger418125tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-55057279053961996242024-03-09T21:11:00.007+00:002024-03-09T23:20:40.076+00:00Inviabilizando completamente a cosmovisão do ateísmo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-d9WWZfst8OU/TnDuUkvrQuI/AAAAAAAADaI/8TThDvzE0fw/s1024/Jesus-Christ-Wallpaper-with-Beautiful-Background.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="294" src="https://4.bp.blogspot.com/-d9WWZfst8OU/TnDuUkvrQuI/AAAAAAAADaI/8TThDvzE0fw/w391-h294/Jesus-Christ-Wallpaper-with-Beautiful-Background.jpg" width="391" /></a></div><div style="text-align: justify;"><div dir="auto" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: left;"><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="color: #050505; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Como o ateísmo pode demonstrar cabalmente, ou no mínimo plausivelmente, a inexistência de Deus? A princípio, Deus (com base na concepção genérica de Deus), pode ser absolutamente remoto e transcendente, plenamente recluso, sem interagir com o cosmo. Nesse contexto, não há nem evidência fragmentária, mas sim plena escassez. Em vez da linguagem analógica ou da linguagem unívoca retratarem Deus, a linguagem equívoca seria empregada, caracterizando Deus como "o <span><a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a></span>totalmente outro". Em consequência, o ateísmo e uma forma de deísmo radical são, prima facie, efetivamente infalseáveis. Em contraste, o teísmo postula categoricamente um Deus intervencionista, que opera diretamente no cosmo e infundiu indícios e vestígios de Sua existência em sua estrutura. Logo o teísmo é refutável, falseável, porquanto argumenta que Deus se manifestou na ordem natural do cosmo. Nesse cenário, a transcendência e remoticidade de Deus o divorciam completamente de manifestações sensoriais, físicas e espaço-temporais da realidade. Portanto tais variáveis não funcionam como o fundamento epistêmico do próprio ateísmo, nem viabilizam os meios de falsear essa corrente filosófica do 'deísmo radical'. Em paralelo, <span style="background-color: transparent; color: #1c1e21;">Deus é transcendente, e da equivocidade inerente à essa condição decorre um núcleo unívoco de atributos e propriedades. Sendo assim, a equivocidade exprime ambiguidade e abrange as características de pessoalidade, aseidade, atemporalidade, e os superlativos onipotência, onipresença, e onisciência. Contudo</span></span><span style="background-color: transparent; color: #1c1e21; font-family: inherit;">, a univocidade exprime clareza, exatidão, em relação à atributos detentores de um quantum mínimo de magnitude, abrangendo um ente ilimitado pelo espaço-tempo e pela matéria-energia. Com efeito, ao empregar matéria-energia como causa instrumental em contraste com causa eficiente, esse ente é investido do poder de manipular o cosmo, e é munido da capacidade de operar em múltiplos lugares simultaneamente sem qualquer restrição temporal, sendo infragmentável e perpétuo. Inferimos, portanto, que o teísmo é falseável do ateísmo. Concluindo, o agnosticismo é infalseável do ateísmo, mas o teísmo é falseável do agnosticismo. Isso porque o agnosticismo está radicado na dialética, na dicotomia, e no dualismo Deus/cosmos. A única alternativa à esse obstáculo supostamente intransponível e insuperável é o monismo. Do contrário impera o bloco quadridimensional em incomunicabilidade com Deus. O agnosticismo, a postura presumivelmente neutra, se entranha nessa dualidade. Então o monismo de prioridade, e o monoteísmo, persistem com total exclusividade.</span></div></div></div></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-87024070846532901952024-02-23T16:38:00.009+00:002024-02-25T05:25:50.960+00:00Conciliando a Fé Cristã com Experiências de Quase Morte<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="308" src="https://www.youtube.com/embed/NDa0n3ncxSc" width="370" youtube-src-id="NDa0n3ncxSc"></iframe></div><div style="text-align: justify;">Críticos da fé cristã, normalmente adeptos das religiões New Age ou religiões orientais tradicionais, afirmam que as EQMs contradizem o Cristianismo em diversos aspectos. Minha intenção, é refutar essa concepção equivocada. É importante ressaltar que o texto não aborda ocorrências raríssimas, mas apenas os elementos mais frequentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A hipótese de que o "Ser de Luz" não condena mas aceita a todos, de maneira totalmente contrária às Escrituras, é inexata porque omite o fato de que as EQMs são experiências de quase morte, não configurando portanto a morte definitiva. Em muitos casos, uma barreira ou fronteira designa o ponto sem retorno, e as pessoas que passam por essa experiência, ou a própria Luz, determinam que a hora de cruzar esse limite ainda não ocorreu. Isso indica que Deus não precisa aplicar Sua justiça pois o Juízo Final ainda não aconteceu. Deus pode, misericordiosamente, atrair a pessoa com sua beleza inescrutável, e mediante recapitulação objetivar que a mesma pessoa se arrependa. Além disso, nem todas as "experiências de quase morte" são positivas ou transcorrem no paraíso. Algumas demonstram um lugar de tormento consciente. Por consequência, se infere que esse fenômeno jamais contradiz o Cristianismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em segundo lugar, a experiência de se fundir com a totalidade e experimentar sensação de plenitude não equivale à proposição de que as religiões orientais estão certas e que nós somos integrados ao todo, justificando, portanto, o panteísmo. Tal experiência se equipara ao monismo de prioridade, invés de endossar o monismo de substância. O monismo de prioridade afirma que o Uno é o fundamento da realidade, o núcleo de onde a diversidade emana e se origina. Cada indivíduo, não importando a sua capacidade de conter a Deus, é preenchido totalmente por Deus. Ilustrando, um copo pequeno cheio é tão pleno quanto o copo grande cheio, experimentando plenitude e unidade. Porém, tal completude só é possibilitada pelo Uno ser o alicerce da realidade, a fonte de onde a realidade procede. Do contrário não existe o suprimento inesgotável de ser que abasteceria a completude da pessoa pela eternidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em terceiro lugar, as experiências do encontro com figuras religiosas diversas, além de Jesus Cristo, não refutam a singularidade de Cristo. Objetivamente, é Cristo quem efetua a salvação, embora subjetivamente Ele se manifeste de inúmeras formas, se encarnando em diversos "avatares" mediante os quais Jesus opera. Isso acontece, não em razão de alguma virtude inerente a tais figuras, mas sim a despeito do demérito de tais figuras. Jesus é o caminho, a verdade e a vida, mas Ele se revela de acordo com o conhecimento disponível de Si mesmo na criação e no senso de responsabilidade moral. Claro, em última análise, o fato do indivíduo não ter experimentado a morte definitiva harmoniza esse argumento com a doutrina cristã da singularidade de Jesus Cristo. Portanto, desde que o caráter e os atributos básicos de Cristo sejam preservados, isso manifestamente não contradiz as doutrinas do Cristianismo.</div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-22099038772418911832024-02-23T08:47:00.003+00:002024-02-23T11:25:11.419+00:00Extermínio dos cananeus x Soberania vs benevolência<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/archive/6/69/20230413214339!Al-Ghaz%C4%81l%C4%AB%2C_Sayr_mulhimah_min_al-Sharq_wa-al-Gharb.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="754" data-original-width="678" height="400" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/archive/6/69/20230413214339!Al-Ghaz%C4%81l%C4%AB%2C_Sayr_mulhimah_min_al-Sharq_wa-al-Gharb.png" width="360" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #1c1e21;">A tensão crucial entre soberania e onibenevolência, entre o decreto e responsabilidade, não pode ser solucionada com base em nenhum dos dois extremos radicais. Logo é necessário um modelo que compatibilize essa dicotomia, e o molinismo, embora seja um princípio hermenêutico, não uma escola soteriológica, exerce essa função. De fato, Deus decretou os atos livres mediante seu "conhecimento médio", preservando o livre arbítrio dos agentes morais. O conhecimento médio é o conhecimento dos contrafactuais, ou o procedimento dos agentes morais em qualquer mundo atualizável, equacionando o resultado da interação entre os agentes morais livres e qualquer configuração atualizável de eventos. Esse conhecimento requer que Deus perscrute o âmago de cada agente moral escrutinado. Creio igualmente</span><span style="background-color: white; color: #1c1e21;"> no conceito da condenação transmundana, e que os ímpios escolheriam livremente a iniquidade em qualquer mundo possível. O inferno é para os 'endurecidos de coração', para os impenitentes, os irreformáveis e irrecuperáveis. O inferno está destinado para quem comete o "pecado para morte" narrado pelo apóstolo João, e o anjo advertiu que os padrões de comportamento se tornam irreversíveis (Apocalipse 22:11). Dessa forma, não há arbitrariedade divina. Sobre os textos preceituando o extermínio das nações cananéias,</span><span style="color: #1c1e21; white-space-collapse: preserve;"> foram incidentes isolados cuja finalidade era preservar a nação de Israel, a qual seria o canal mediante o qual Deus se encarnaria em Cristo e efetuaria a salvação. Atualmente o que importa para os cristãos são os preceitos morais de Cristo e dos apóstolos. Esses preceitos essencialmente enfatizam virtudes morais como o amor, altruísmo, bondade, etc. Ressaltando que esse modus operandi temporário não implica em perdição eterna para os infantes, mas implica sim em resgatá-los do ambiente perverso no qual residiam para a habitação da glória eterna de Deus. Mas, esse argumento é distinto da tese de Swinburne. Isso porque, em vez de meramente preservar Israel, esse postulado focaliza a finalidade de preservar a semente do Messias. R</span><span style="color: #1c1e21;">aciocinar como se expulsar e aniquilar fossem coisas mutuamente excludentes é equivocado. Dessarte, no exercício da função de instrumento do juizo divino, a intenção primordial era que Israel erradicasse esses povos abomináveis do planeta (por exemplo, conforme registrado em Deuteronômio capítulo 7). Contudo, se eles fugissem e abandonassem a terra a ordem era permitir sua fuga. Por consequência, a ordenança para executar os povos cananeus é plenamente compatível com a ordenança para expulsá-los da Terra Prometida.</span></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-40150367654137551612023-12-02T22:38:00.016+00:002024-01-20T22:19:38.867+00:00Argumento Cosmológico: Sobre a Existência de Deus<p></p><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/11/Albert_Einstein_near_a_blackboard_with_special_relativity_formulae%2C_before_1940.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="300" height="255" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/11/Albert_Einstein_near_a_blackboard_with_special_relativity_formulae%2C_before_1940.jpg" width="382" /></a></div>Em primeiro lugar, a hipótese central do Kalam, formulada pelo proeminente filósofo Craig, é refutada pela própria premissa fundamental do argumento. Em suma, a impossibilidade da procedência ontológica da existência a partir do nada. Tal como a intuição e a experiência empírica universal contradizem o surgimento 'ex nihilo', ou destituído das causas eficientes, similarmente contradizem o surgimento do universo sem qualquer constituição ou estrutura ôntica. Na realidade, com base na própria concepção do 'nada metafísico', é intrinsecamente impossível o universo surgir sem alguma constituição ou causa material, sem estar investido de arcabouço metafísico, ontológico. Sendo assim, o universo deve ter sido emanado diretamente da fonte ulterior da existência. Com efeito, foi criado ex Deo, mas estando expressamente desprovido da substância inerente à fonte cósmica, em decorrência de deslocamento que ocasiona diversificação, individuação, e corrupção ontológica. Nesse cenário, a fisicalidade não é coeterna com Deus, mas Deus deliberadamente intencionou emanar de Si a composição metafísica do cosmos, compatibilizando a criação ex Deo com a criação ex nihilo. Isso porque o estado de coisas caracterizado pelo nada físico foi sucedido por um estado de coisas caracterizado pela fisicalidade quadridimensional. Logo, isso configura a criação ex nihilo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em segundo lugar, o universo inteiro, antes de se atualizar, pode sempre superar a dimensão espacial mensurável, protelando a consolidação do estado de coisas indefinidamente. De fato, a vastidão espacial da realidade pode ser um estado de coisas que nunca se obtém, flutuando entre a extremidade macrocósmica máxima e a extremidade microcósmica mínima sem nunca realmente se atualizar. Como ilustração, talvez esse universo esteja restrito à um volume de Hubble, mas talvez o universo seja ainda mais amplo, encompassando dois volumes de Hubble, e assim por diante sem jamais atualizar um estado de coisas. Esse raciocínio não está fundado meramente numa limitação epistêmica, mas alicerçado num princípio metafísico. Isso posto, sem efetivamente materializar ou consubstanciar o dualismo infinito/zero, o universo nunca se atualiza mas persiste sendo mera potência. Dito isso, o macrocosmos infinito é constituído estritamente por nada, pelo microcosmos adimensional, e o volume astronômico do universo se reduz a absolutamente nada, resultando na unificação da diversidade do cosmo no Uno Absoluto. Sendo assim, há uma singularidade na qual o espaço-tempo colapsa, não na métrica exclusivamente temporal, mas também em métrica espaço-temporal. Entretanto, as propriedades do universo não são extintas, mas preservadas na forma de aspectos indiferenciados em que há distinção modal por contraste com a distinção de substância. Isso visto que o Ser precede em ordem metafísica o não-Ser, sendo inexequível conceber o não-Ser senão em contraste com o Ser.</div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-62957166408959230922023-10-19T11:33:00.017+00:002024-01-14T21:50:22.272+00:00Refutando o argumento naturalista de Graham Oppy<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dd/Graham_Oppy.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="479" data-original-width="479" height="371" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dd/Graham_Oppy.jpg" width="371" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">O filósofo Graham Oppy basicamente argumenta que o naturalismo é mais simples por postular menos entidades que o teísmo. Afinal, o teísmo estipula que, além do universo quadridimensional físico, há vasto reino de entidades sobrenaturais constituído por Deus e anjos. Contudo, essa concepção só funciona no dualismo, em que há ruptura radical entre Deus e o universo físico, de forma que Deus representa uma substância adicional ao universo físico. No contexto do monismo de prioridade, existe gradação contínua entre O Uno, o estado de coisas fundamental da realidade, e o domínio da realidade espaço-temporal. Então não há realmente dicotomia, uma esfera bipolarizada de existência. Em contraste com essa cosmovisão, há Deus, o estado de coisas primordial, a unicidade subjacente, de onde o universo emana e procede diretamente. Com base na hierarquia ontológica que principia no Uno, logo o teísmo é mais simples, porque o naturalismo hipotetiza que há uma pluralidade discreta composta por numerosas formas de matéria, energia, e a estrutura espaço-temporal. Tal postulado também afeta a capacidade explanatória do naturalismo, porque a abordagem ateísta é explanatoriamente ineficaz para estipular o fundamento articulador da pluralidade discreta, que consiste em unicidade crucial que encadeia a pluralidade contingente numa totalidade dotada de asseidade. O naturalismo ateu especula sobre a unificação das forças e constantes físicas fundamentais, mas se espaço, tempo, e energia forem unificados, o resultado da fusão será o monimo prioritário. Pois a entidade que transcende radicalmente a ordem diversa vigente é o Uno Absoluto, a Unicidade que incorpora e personifica o Ser, em contraste com a dispersão, fragmentação, e despersonificação. No Uno, propriedades não são aniquiladas, mas integradas e amalgamadas em múltiplos aspectos que, embora indiferenciados, são tangíveis. Contudo, como compatibilizar o naturalismo ateu com o monismo de prioridade? Se o substrato subjacente fundamental encarna o Ser, operando em si a fusão das frações contingentes, isso comunica a ultimacidade ontológica peculiar ao Único à esse substrato. Isso porque as manifestações contingentes, fracionárias e descentralizadas da realidade múltipla, como a própria consciência, são fundidas ou mescladas no Uno, a ultimacidade que sintetiza e encerra em si o Ser. Então o ateísmo colapsa totalmente, e o naturalismo não é nem mais simples e nem detentor de maior capacidade explanatória. De onde se conclui que o teísmo monista é a cosmovisão infinitamente mais plausível ou consistente.</div></span><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-62784490120068289772023-10-11T09:24:00.035+00:002023-10-23T10:33:16.845+00:00Sobre o teísmo cético e o princípio último da existência<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://projetophronesis.files.wordpress.com/2014/02/saint-paul-preaching-in-athens.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="520" height="315" src="https://projetophronesis.files.wordpress.com/2014/02/saint-paul-preaching-in-athens.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Efetivamente, o teísmo cético, isoladamente do argumento sobre o mal ser mera privação de substância, é incapaz de refutar o ateísmo cético. O teísmo cético especula sobre as possibilidades epistêmicas invés de se sustentar em certeza matemática. Nesse cenário, as mesmas premissas empregadas pelo teísmo cético podem ser reivindicadas pelo ateísmo para resultar na conclusão de uma divindade malévola. Portanto, nem o benefício da dúvida repousa sobre o teísmo cético, dado que, com base na formulação do "ateísmo cético", o teísta possui o ônus da prova em refutar categoricamente a hipótese do "Deus mau" possuidor de razões ocultas para permitir a existência do Bem. Em contrapartida, se o mal é privação ou carência do Bem, que é coextensivo ao Ser, então o mal não é substância oposta. Em última análise, o mal individual se reduz ao nada na medida que o mal universal infinito se estabelece. Sendo assim, o mal universal colapsa por ser constituído estritamente por nada. Decerto, o mal em si mesmo é um fato bruto que não requer explicações adicionais ao postulado de que o mal é meramente destituição do Bem/Ser. Estipular outros argumentos para endossar o teísmo cético implica que o mal é substância adversa e é vastamente provável que Deus possua razões ocultas para permitir o mal, incorporando o ônus de provar essas razões ocultas. Sobre a existência, meros fragmentos isolados ou discretos não encarnam nem personificam o princípio universal da existência. A menos que se enuncie que o princípio da existência emerge da combinação de frações, não sendo propriedade redutível às frações contingentes. Com efeito, no macrocosmo, em contexto mais amplo os universais se reduzem à diversos fragmentos isolados, contingentes e discretos, elementos similares coexistindo. Isso resulta em universal emergente, protelando infindavelmente o processo circular sem consolidar o princípio da existência. Porém, no microcosmo, a condição emergente da existência pode resultar da conjugação dos blocos fundamentais do cosmo. Todavia, cada bloco individual pode retratar condição redutível à blocos mais fundamentais, e assim por diante sem concretizar o princípio da existência. Assim, o universalismo e nominalismo carecem de base. Isso pois, em contexto mais amplo, o cosmo sempre pode ultrapassar os domínios ontológicos mensuráveis. Logo partículas "elementares" podem caracterizar princípios universais constituídos por unidades discretas, mas o universo inteiro pode exprimir unidade particular ou discreta numa esfera mais ampla, clamando pelo estado de coisas derradeiro.</div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-73640301854589550142023-08-19T14:47:00.039+00:002023-10-23T17:29:54.865+00:00Argumento Cosmológico: Sobre a Existência de Deus<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8c/%22The_School_of_Athens%22_by_Raffaello_Sanzio_da_Urbino_(cropped).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="573" data-original-width="564" height="368" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8c/%22The_School_of_Athens%22_by_Raffaello_Sanzio_da_Urbino_(cropped).jpg" width="362" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div>Certamente, a distinção fundamental entre sujeito e objeto estrutura a concepção do sujeito primordial, dotado de percepção universal e oniabrangente. Geralmente o sujeito captura o arcabouço informacional do objeto mediante a percepção sensorial, formulando assim o construto abstrato ou mental que constitui a réplica psíquica do objeto. Porque só vinculado ao sujeito o objeto manifesta a função de objeto, e só vinculado ao objeto o sujeito manifesta a função de sujeito, a dualidade sujeito/objeto exaure plenamente a realidade, configurando seu alicerce. O sujeito exerce a função de apreender intelectualmente o conceito do objeto, mas o objeto exerce a função de caracterizar o conteúdo e referência da mente do sujeito. Isso posto, num cenário destituído do sujeito universal, a fisicalidade (espaço-tempo-matéria) não existiria na condição de objeto universal, o que as estruturas inanimadas incorporam. E no cenário desprovido do objeto universal, esse sujeito não existiria na condição peculiar de perceptor universal. Em razão disso, a fisicalidade não tem asseidade, porquanto a forma primordial do objeto, o arquétipo primário do mesmo, subsiste como elemento conceitual instanciando a função imperiosa de objeto da mente. Isso revela que a realidade material (em seu modo conceitual) e a mente universal exprimem o dualismo fundamental da realidade. Por que a forma conceitual da matéria tem prioridade metafísica sobre a matéria propriamente dita? A fisicalidade subsiste na mente, que retrata o único requisito necessário para efetivar a dicotomia sujeito/objeto com referência à função de objetos. Materializar o esquema mental do sujeito consiste na operação secundária e contingente que não requer atualização. Isso posto, para a mente desempenhar a função de sujeito e para o objeto desempenhar a função de objeto, a correlação é imperativa. Senão a fisicalidade espaço-temporal não seria fisicalidade, porquanto a cognoscibilidade, a própria faculdade de objetificação, é inerente à concepção da realidade física. Dessa maneira, o conceito não seria conceito, pois a cognoscibilidade, a própria faculdade de objetificação, é inerente à concepção do conceito. Paralelamente, o sujeito não seria sujeito, porquanto a cognoscência, a própria faculdade intelectiva e conceitualizadora, é intrínseca à concepção do sujeito. Esse sujeito integra em si próprio a totalidade dos dados do cosmo, sendo essencialmente onisciente, e ao exercer a função de conceitualização do objeto, o sujeito é investido da propriedade da construção/manipulação/aniquilação dos universos. De fato, não sendo objeto é auto-existente.</div></span><div><p></p></div>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-54800842503781854852023-08-01T15:01:00.043+00:002024-01-17T19:40:17.671+00:00Argumento Cosmológico: Sobre Monismo De Prioridade<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/05/Albert_einstein.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="443" data-original-width="600" height="288" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/05/Albert_einstein.jpg" width="390" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; white-space-collapse: preserve;">A realidade última, ou realidade como todo, é um estado de coisas que se obtém? Na realidade, o próprio universo observável pode incorporar a ultimacidade ontológica, sendo o estado de coisas fundamental da realidade. Porém, por causa de nossa capacidade de mensuração limitada pela velocidade da luz, um fragmento cósmico mais amplo pode incorporar a ultimacidade ontológica, sendo o estado de coisas que se obtém. Todavia, em virtude da mesma razão, uma fração cósmica ainda mais ampla poderia </span><span style="font-family: inherit; white-space-collapse: preserve;"><a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a></span><span style="font-family: inherit; white-space-collapse: preserve;">personificar a ultimacidade ontológica, sendo assim o estado de coisas obtido. E assim sucessivamente. Isso é replicado em esferas subatômicas, que sempre poderiam exceder o domínio diretamente mensurável. Em razão disso, não há consolidação metafísica, porque se o estado de coisas primordial não se obtém, não há atualização, mas mera potência. Esse processo se prolonga indefinidamente sem estipular o estado de coisas fundamental da realidade, o estado metafísico primordial que alicerça todo o cosmos. </span></div><p></p><div dir="auto" style="color: #050505; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;">Assim devemos postular o dualismo infinito/zero, retratando o macrocosmo infinito e o microcosmo adimensional. Todavia, se o microcosmos é adimensional, isso significa que existe uma singularidade no sentido de que o próprio macrocosmo é destituído de constituição física (espaço-tempo e matéria), sendo equivalente ao nada material. Isso indica que a fisicalidade espaço-temporal colapsa, unificando a pluralidade física no substrato monista subjacente e atualizando a mesma pluralidade discreta mediante emanação. Já que tem dimensão zero, o estado fundamental da existência não comporta diversidade nem pluralidade discreta. Que propriedades esse estado de coisas possui? Ultimacidade, asseidade e eternidade, além de todas as propriedades instanciadas na existência. Contudo, por que todas as propriedades? Isso já que o estado fundamental do Ser precede o não Ser, em contraste com o enunciado de que o "não-Ser" precede o Ser. Sendo a base estrutural do cosmo, o Uno é detentor de ultimacidade metafísica. </span></div><div dir="auto" style="color: #050505; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div dir="auto" style="color: #050505; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;">Decerto, todas as propriedades e predicados exemplificados no universo preexistem no Uno na forma de aspectos indiferenciados. Não há erradicação, mas preservação. Sendo assim, o Uno encarna todos os atributos do universo de modo metafísico ou imaterial. Como ilustração, em contraste com a incidência em diversos diamantes distintos, a luz que penetra num diamante singular experimenta refração, e se propaga em múltiplas tonalidades peculiares de cor. Há apenas um diamante, onde há diversidade de nuances e facetas. Em suma, há aspectos indiferenciados. Incluindo auto-consciência, além do exercício de plena autoridade e poder de manipular o cosmo, inclusive criar o cosmo ex-Deo (criar instanciações mediante emanação e o próprio distanciamento resultante), e destruir o cosmos (reincorporar as instanciações). Isso inclui alterar a configuração do universo, modificando leis e constantes físicas fundamentais. Esses atributos da fisicalidade abrangem indestrutibilidade, ordem estrutural e potência energética.</span></div><div dir="auto" style="color: #050505; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div dir="auto" style="color: #050505; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;">A concepção do Uno estabelece o patamar máximo, perfazendo e encompassando a grandiosidade absoluta. Com efeito, por resultar num todo integral, o Uno é o aferidor por excelência da perfeição metafísica. Isso pois só o Uno pode ser equiparado ao máximo ser concebível. Grandezas distintas do Uno são meramente frações infinitesimais, pois somente o conceito do Uno Absoluto resulta em completude, totalidade, e plenitude efetiva. Exclusivamente o Uno absolutiza, perpassa e plenifica a excelência metafísica das propriedades fundamentais. Assim contingente de atributos caracterizado pela pluralidade discreta não é capaz de exprimir o Uno, porquanto pluralidade ontológica discreta não expressa o Uno, mas apenas fragmentos isolados. Em resumo, tão somente o Uno Absoluto traduz a completude ontológica, já que unicamente o próprio Uno consiste em Integridade e Absolutez. Há vasta hierarquia com referência à sublimidade ontológica, partindo de reinos espaço-temporais à dimensões metafísicas abstratas. O processo culmina no Uno Absoluto, o epítome supremo da perfeição que reside na camada de ser mais elevada.</span></div><div dir="auto" style="color: #050505; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div dir="auto" style="color: #050505; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: inherit;"><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;">Contudo, isso funciona não somente em escolas realistas, mas nas escolas idealistas radicais, como no solipsismo. Minha mente está limitada à sua capacidade de percepção, e pode ser construto de outra mente hierarquicamente mais <a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>elevada, e assim por diante. Sem a mente primordial na qual toda pluralidade colapsa a sequência de mentes subordinadas nunca existiria. Sobre</span><span style="font-family: inherit;"> o idealismo platônico, o reino dos arquétipos platônicos poderia estar limitado em sua abrangência, manifestando conjunto de instanciações de outro reino mais elevado, e assim seguidamente. Sem domínio primordial no qual toda pluralidade colapsa a sequência de reinos contingentes nunca existiria. Mas não pode haver muitos "reinos primordiais" existindo na mesma camada. Isso pois nesse caso nenhum dos reinos teria ultimacidade, visto que a ultimacidade estaria fragmentada em vez de unificada e integrada. Sem corporificar a singularidade do Uno a ultimacidade estaria dispersa, não concentrada, neutralizando expressamente a mesma.</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;">Sobre a hipótese da ininteligibilidade da realidade, esse reino pode estar limitado na sua abrangência, constituindo subconjunto</span><span style="font-family: inherit;"> de uma esfera real mais ampla. Essa pode estar limitada em sua abrangência e constituir subconjunto de uma esfera fenomênica mais ampla, e assim por diante. Sem um estado de coisas primordial a realidade estaria polarizada em dois estados de coisas contrários, sem jamais consolidar uma modalidade específica em detrimento da outra. Essa consolidação caracteriza atualização em vez de ilusão. Contudo, novamente, não pode haver muitos estados de coisas vinculados ao estrato primordial. Do contrário, a ultimacidade está fragmentada e desagregada. <span style="font-family: inherit;">Sobre o cientificismo, as leis físicas são princípios universais compostos por um conjunto de particularizações. Tais particularizações configuram fisicalidade e espaço-temporalidade, mas os princípios universais são essencialmente metafísicos. Isso pois as próprias leis físicas universais não são incidências particulares, físicas e espaço-temporais.</span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">O nominalismo não se sustenta em face do Uno caracterizar o princípio absoluto e universal. Ilustrando a distinção modal, em contraste com a distinção de substância, a substância denominada de "água" existe em três estados ou modos de ser. Mas a molécula em si é formada pelos átomos de hidrogênio e oxigênio, que são unidades discretas com distinção ôntica. Ilustrando o cerne do monismo prioritário, a realidade última é similar à um jarro de água. Se o jarro se desintegrar nenhum pedaço em específico, nem todas as partes isoladas conjuntamente, incorporariam a condição de ser jarro. Isso resulta da fusão ou integração de todos os pedaços em um jarro em plena integridade física. Os aspectos são modos de manifestação e subsistência da mesma substância, em vez de unidades discretas e diferenciáveis. Então as unidades discretas são unidades em que há distinção substancial, ou seja, uma difere da outra. Em contraste com mera distinção modal, que exprime diferentes modos que a mesma substância expressa.</span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Sobre as propriedades incompatíveis, decerto as supostas propriedades mutuamente excludentes se harmonizam no Uno. Isso pois não são elementos conflitantes e adversos, distintos e discretos, mas sim modos de subsistência da mesma substância. São aspectos indistintos da mesma realidade. Assim, há plena compatibilidade. Como surge a complexidade? A complexidade emerge da emanação, resultando em distanciamento e deslocamento do Uno, e por consequência, resultando em processo de corrupção, particularização, e discretização. Todavia, a simplicidade irredutível é o estado de coisas onde há distinção modal, mas não há distinção de substância. Sobre a controvérsia referente à interação entre mente e corpo, é uma tese híbrida entre idealismo monista e dualismo de substância. No Uno a mente e o corpo se integram, mas no plano das emanações do Uno, mente e corpo estão fragmentados. No domínio das emanações a consciência se fraciona, mas no reino transcendente tais frações se consubstanciam.</span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">O monismo neutral presume que a preservação das identidades dos aspectos é inviável, pois a indistinguibilidade dos aspectos resulta em entidade ulterior singular onde as partes são aniquiladas, sendo totalmente distinta delas. Todavia, tal indiscernibilidade é compatível com a realidade dos aspectos indiferenciados. Sendo assim, a premissa central do monismo neutro resulta no máximo numa postura agnóstica. Contudo, se a compatibilidade é admitida, logo as partes naturalmente se preservam na forma de aspectos indistintos, mostrando que todas são harmônicas invés de inconciliáveis. Não há terceira via, porque o monismo neutro e o compatibilismo exaurem completamente as alternativas, ou seja, ou as identidades das partes se preservam ou são destruídas. Isso tudo no contexto desse argumento em favor do monismo de prioridade. Por causa da indistinguibilidade dos aspectos, o monismo neutral não é uma corrente filosófica plausível, porquanto mente e corpo, em vez de serem dissolvidos, coexistem no Uno.</span></span><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: left; white-space-collapse: collapse;">Essa argumentação é totalmente compatível com o modelo de universo finito ao indicar que na magnitude infinita, ou no dualismo infinito/zero, o cosmo colapsa no Uno. Similarmente, a hipótese do cosmo ser subconjunto infinito do Uno e não o conjunto total é razoável, representando certo distanciamento e deslocamento do Uno. O universo colapsa no Uno, mas as emanações contingentes configuram subconjuntos dotados de cardinalidade infinita. Logo o cosmo se reduz à soma das partes, em vez de constituir macrocosmo infinito, e o universo pode ser subconjunto do todo dotado de cardinalidade infinita. Decerto, a soma das partes cessa de existir no Uno, onde o todo subsiste, mas o agregado contingente das partes persiste nas camadas periféricas. Dito isso,</span><span color="var(--primary-text)" style="background-color: var(--comment-background); text-align: left; white-space-collapse: collapse;"> a proposição de que o universo é infinito é mais plausível, mas a asserção de que todo o macro universo é finito também é exequível. Pelo menos a priori, e no contexto do presente argumento articulado em favor da concepção monista de Deus o Uno Absoluto.</span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit; text-align: left; white-space-collapse: collapse;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: inherit; text-align: left; white-space-collapse: collapse;">Se o tempo nos estágios primordiais era não-métrico, de forma que a singularidade inicial tenha sido meramente a transição para o tempo métrico, em contraste com pura criação ex nihilo, logo essa transição constitui, em ordem lógica, transição estruturada na proporção zero inerente à singularidade original. Sendo assim, em ordem lógica, a configuração do universo principia com infinita densidade e zero volume, onde o espaço-tempo é adimensional e a matéria está comprimida ao máximo, e se encerra na configuração em que o próprio universo tem infinito volume e zero densidade, preservando a mesma proporção zero. Do contrário, se a densidade média de energia é positiva, a transição de estados de coisas é inviabilizada, pois não há compatibilidade entre valor zero e valor positivo. Seria equiparar a inexistência de conteúdo com a existência. Contudo, manter a proporção zero harmoniza tal transição, equiparando inexistência à inexistência. No início infinita densidade/zero volume e infinito volume/zero densidade.</span></div></span></div>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-44469546195427545732023-07-21T08:52:00.016+00:002023-07-22T06:16:49.555+00:00A hierarquia do cosmos esmiuçada nos seus pormenores<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/19/School_of_Athens_Raphael_detail_01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/19/School_of_Athens_Raphael_detail_01.jpg" width="400" /></a></div><span style="text-align: justify;">Há vasto encadeamento hierárquico no cosmo, desde infinitos abstratos, infinitos extradimensionais, e as diversas instanciações de aspectos. Toda essa colossal estrutura consiste das manifestações e teofanias do Uno imanentes ao cosmos. Tais manifestações são réplicas do protótipo original ordenadas fractalmente, sendo formas e avatares incorporados pelo Uno que personificam as camadas sub-totalizadoras da ordem criada. Essas expressões do Uno configuram sistemas autocontidos, totalizantes, exprimindo a autocontemplação do Uno no dualismo infinito/zero. Contudo, contemplação em espelho, retratando emanações do Uno que contrastam com o mesmo na medida que são emanadas, e que experimentam particularização e corrupção metafísica. Porém, embora sejam drasticamente inferiores, as emanações procedentes do Uno são totalizantes, autocontidas, mas sendo efetivamente as centelhas ou fragmentos infinitesimais do Uno. Com efeito, as emanações representam a imanência do Uno se acomodando, se modelando e se moldando à criação. São espelhos que reproduzem e irradiam a essência do Uno imanente, em contraste com o Uno transcendente. As primeiras camadas constituem os planos espaço-temporais da fisicalidade, desde universos, à multiversos, megaversos, ultraversos, e assim consecutivamente. O estrato subjacente abrange diversas esferas abstratas e matemáticas que precedem a materialização e conversão das estruturas matemáticas, inerentes em equações e fórmulas, nos planos espaço-temporais da fisicalidade. Sendo assim, nesses domínios há ampla hierarquia, estabelecendo blocos estruturais abstratos com cada representando uma manifestação peculiar da totalidade do cosmo espaço-temporal em suas infinitas camadas. Há um nivelamento crescente, um continuum gradativo, fractalmente distribuídos em conjuntos de conjuntos espiralando em reinos/camadas espaço-temporais e blocos estruturais abstratos. Há progressiva expansão em escalas de poder e conhecimento, personificações dos atributos e propriedades da criação culminando no topo da cadeia metafísica no qual o Uno reside. Finalmente, há instanciações de aspectos, que são aspectos indiferenciados do Uno que se particularizam e discretizam em razão do processo de emanação. Portanto, há uma entidade que encarna o amor e suas expressões na esfera abstrata e na fisicalidade espaço temporal. Como também há uma entidade que encarna a sabedoria, e assim seguidamente. O Uno é a entidade que incorpora a própria concepção de plenitude e completude por ser totalmente inescrutável.</span><div><p></p></div>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-42701417207291501702023-07-15T20:24:00.218+00:002023-10-19T19:19:19.907+00:00Uma refutação ao fisicalismo (redutivo e emergentista)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/44/Boethius_and_Simmachos.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="432" data-original-width="400" height="397" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/44/Boethius_and_Simmachos.jpg" width="368" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span face="Roboto, sans-serif" style="color: #787878;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black; white-space-collapse: preserve;">Com efeito o reducionismo (a consciência se reduz ao substrato físico subjacente) e o emergentismo (a consciência não se reduz, mas emerge do substrato e depende dele para existir) falham como modelos. Isso já que a evidência empírica indica a supressão da consciência no exato instante da morte, em vez da continuidade dessa consciência. A constituição material do cérebro, desde os blocos fundamentais de construção (átomos e partículas), permanece quase inalterada no exato momento </span><span style="color: black; white-space-collapse: preserve;"><a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a></span><span style="color: black; white-space-collapse: preserve;">da morte. As funções vitais do corpo colapsam antes da própria dissipação de energia e do processo de desintegração do organismo. Isso posto, essa inalterabilidade resultaria na permanência da própria consciência, o que não ocorre. Então as propriedades em macro-escala nem se reduzem nem emergem da interação entre os blocos de construção. Isso porque a transitoriedade da consciência e funções vitais contrasta completamente com a virtual imutabilidade e persistência da constituição física no instante da morte. Decerto, isso refuta a hipótese do materialismo. A morte talvez seja processo. Mas como pode alterações na micro-configuração e a consequente mudança nas propriedades em macro-escala serem sequenciais em vez de serem simultâneas? O argumento se baseia na concepção mereológica incontestável de que as alterações na configuração de átomos ou partículas resultam em mudanças sensíveis nas propriedades dos sistemas físicos clássicos. </span><span face="Roboto, Arial, sans-serif" style="color: black; white-space-collapse: preserve;">Mudanças irrelevantes em micro-escala só resultam em mudanças irrelevantes em macro-escala. No entanto, se há mudança significativa em macro-escala é porque ocorreu mudança significativa em micro-escala. Se a consciência se reduz ou emerge de arranjos de átomos e partículas, ou de um substrato mais fundamental como campos quânticos, logo a conclusão do argumento é inescapável. O paradigma vigente enuncia que mudanças em micro-escala causam mudanças em macro-escala em proporção direta, e isso é postulado incontestável. Finalmente,</span><span style="color: black; text-align: left; white-space-collapse: preserve;"> a hipótese do ego ser equiparável à ilusão é ad hoc, contraintuitiva e antiempírica, extrapolando a evidência direta. Tal hipótese se constitui em mero artifício projetado para contornar a evidência empírica e se investir plenamente de infalseabilidade. </span></span></span><span style="text-align: left; white-space-collapse: preserve;">Isso resulta na concepção mereológica nominalista radical em que só há as unidades fisiológicas particulares, por contraste com o sistema orgânico universal. Todavia, em contraste com o monismo de substância, a evidência revela o monismo de prioridade, em que a constituição física é mais fundamental, sendo a fonte última da qual o ser composto procede.</span></p></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-41065363365532530582023-04-06T05:25:00.032+00:002023-08-19T16:34:05.338+00:00Mas afinal, o mal existe ou inexiste em última análise?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2016/12/Jesus-vai-voltar.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="733" data-original-width="800" height="338" src="https://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2016/12/Jesus-vai-voltar.jpg" width="367" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">No reino concreto da experiência sensorial, o mal existe em nível inferior de realidade. No domínio transcendente do Uno, o mal existe na forma de aspecto metafísico do Uno, mas inexiste ao carecer de substância própria, sendo mera privação e destituição do bem. Como analogia, o mal é similar à roupa devorada pela traça, ao carro corroído pela ferrugem, ao câncer que efetivamente corrompe o organismo. Entretanto, embora o mal inexista na esfera da substância própria, o mal existe na forma de aspecto do Uno. Por certo, o mal é aspecto do Uno, mas não subsiste como predicação ontológica positiva, mas sim meramente como predicação metafísica negativa. Isso posto, o mal, em contraste com o bem, é inexistente em si mesmo, sendo inconcebível em si. Assim, o mal, em última instância, não requer nenhuma explicação, visto que é inexistente em si mesmo. Sendo assim, embora o mal seja finalmente extirpado e aniquilado como entidade subsistente em si, sendo fenômeno de realidade inferior experienciado pelo cosmo, o mal preexiste no âmbito do Uno como manifestação de um aspecto fundamental do Absoluto. Isso indica que o mal é uma propriedade negativa do Uno, não sendo um atributo positivo, mas mero aspecto negativo. Então o mal existe, mas como carência ou desprovimento da expressão ulterior do próprio bem, identificado com o Uno. Em resumo, no reino da experiência empírica, o mal existe em um nível inferior de realidade. No núcleo ontológico de Deus, o mal existe na condição de aspecto metafísico de Deus, mas, desapossado de substância inerente, o mal inexiste, sendo mero carecimento e escassez do bem. Como ilustração, o mal é semelhante à roupa destruída pela traça, ao carro deteriorado pela ferrugem, e ao próprio câncer que efetivamente desintegra o organismo. Contudo, embora o mal não exista enquanto substância própria, o mal existe na forma de aspecto do Uno. Realmente, o mal é aspecto do próprio Uno, mas não persiste como uma predicação metafísica positiva, e sim como uma predicação ontológica negativa. Assim, o mal, em contraste com o bem, é inexistente em si mesmo, sendo inconcebível em si. Nesse contexto, o mal não demanda nenhuma explicação, em virtude do próprio mal ser inexistente em si mesmo. Logo o mal é finalmente suprimido e erradicado como entidade subsistente em si, mas sendo experimentado pela criação num patamar real inferior, o mal preexiste no Uno como a expressão de aspecto primordial do Absoluto. O mal existe, mas despojado da manifestação culminante do conceito ontológico do bem, que é incorporado no Uno.</div>
Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-30549564202752346682023-03-17T22:25:00.030+00:002024-03-04T19:00:35.324+00:00Síntese de teodicéia e restrição espistêmica da ciência<p></p><div style="text-align: center;"> <a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/42/Louis_Pasteur.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="677" height="432" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/42/Louis_Pasteur.jpg" width="368" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">Por contraste com a consolidação do estado de coisas, a contingência do fluxo contínuo é a potência que jamais se atualiza. Julguemos que</span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;"> o mal universal se constitui em um conjunto de instanciações que contém dez incidências. Contudo, talvez esse conjunto de instanciações não caracterize o mal universal e seja um estado de coisas que não se obtém. Em contexto mais amplo, o conjunto de instanciações que contém vinte incidências talvez se atualize em detrimento da configuração </span><a style="background-color: white; color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;" tabindex="-1"></a><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">anterior. E assim sucessivamente, sendo que nenhum estado de coisas é efetivamente obtido. </span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">A não ser que o mal seja equiparável ao dualismo infinito/zero. Isto é, na medida em que o mal universal se expande em direção ao infinito, os males particulares individualmente se reduzem em direção ao nada. Tais males particulares, isoladamente, se reduzem em relevância, em grandeza proporcional, na medida que o mal universal se propaga em direção ao infinito. No momento no qual</span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;"> o mal universal expressamente se totaliza na extremidade máxima infinita, o mal particular é plenamente suprimido, e logo impera a estabilidade. Sendo assim, tal estado de coisas se obtém. Então cada mal particular, proporcionalmente, se estreita exponencialmente em direção do nada até efetivá-lo com máxima precisão. Assim, o mal universal colapsa conjuntamente, pois é constituído estritamente por nada. Em razão disso</span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">, o mal universal e o mal particular como postulados metafísicos implodem radicalmente. Com relação ao domínio epistêmico da ciência, o princípio universal de dados empíricos gera o colapso da ciência. A ciência trabalha com o método indutivo, dedutivo, e abdutivo. Todavia a metafísica trabalha exclusivamente com dedução, abdução. Sendo assim, o caráter indutivo do método é suprimido dado o princípio metafísico emergente. Isso pois leis físicas </span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">não constituem experimentalidade, exemplificações, particularizações, ou a própria fisicalidade espaço-temporal,</span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;"> sendo simples princípios metafísicos universais invés de configurar as instanciações particulares. Em vista disso, quando os dados empíricos se acumulam e agregam ad infinitum, os dados experimentam falência, pois o princípio epistêmico universal, constituído por dados particulares, mas dotado de propriedades antagônicas ao reducionismo empiricista e fisicalista, encarna categoricamente a própria metafísica. Contudo, isso não significa que a ciência careça de funcionalidade, mas sim que a metafísica é o alicerce epistêmico último da ciência. Decerto a metafísica provê o princípio universal abstrato, coextensivo às leis, que extrapola, mas é instanciado pela ciência.</span></div></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-29210380458497416202023-03-17T04:56:00.014+00:002023-07-15T23:53:53.639+00:00Síntese de um argumento articulado em favor do monismo<p></p><div style="text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bc/%C3%9Altima_Cena_-_Juan_de_Juanes.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="800" height="263" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bc/%C3%9Altima_Cena_-_Juan_de_Juanes.jpg" width="415" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span color="var(--primary-text)" style="background-color: white; font-family: inherit; text-align: left; white-space: pre-wrap;">Frações isoladas não encarnam a existência em si. Na realidade, a pluralidade de seres se constitui em fragmentos isolados da existência que jamais incorporam ou personificam a existência propriamente dita. Como ilustração, os pedaços de um jarro quebrado são partes isoladas que não podem caracterizar o jarro propriamente dito. O jarro, em plena integridade física, em condição totalmente unificada, contrasta com os pedaços do que outrora era jarro. Igualmente, em detrimento de entidades discretas isoladas, que são manifestamente contingentes, a existência só é </span><span color="var(--primary-text)" style="background-color: white; font-family: inherit; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a></span><span color="var(--primary-text)" style="background-color: white; font-family: inherit; text-align: left; white-space: pre-wrap;">efetivamente materializada e consubstanciada caso postulemos o princípio monista fundamental. Já que o nada não pode configurar um estado de coisas categoricamente real, e porque só o monismo consolida expressamente a existência, portanto há uma realidade absolutamente una e indivisa.</span><span color="var(--primary-text)" style="background-color: white; font-family: inherit; text-align: left; white-space: pre-wrap;"> Porém monismo prioritário, que preceitua a base primordial da existência de onde tudo emana. Isso viabiliza a distinção metafísica, porquanto na medida que a realidade contingente procede e emana diretamente de sua fonte, difere essencialmente da mesma. O monismo prioritário faculta um nível de realidade à pluralidade contingente. Nível inferiorizado ou corrompido, mas efetivo. O cosmos contingente, assim que flui diretamente da fonte, experimenta processo de decadência, diversificação e particularização. Os seres se individualizam, e se corrompem, em proporção exata à distância da fonte substancial. Tal cosmovisão, articulando a pluralidade contingente na totalidade coesa, compatibiliza plenamente a diversidade experienciada empiricamente pelo homem com a unidade que opera como substrato fundamental da diversidade. Esse</span><span color="var(--primary-text)" style="background-color: white; font-family: inherit; text-align: left; white-space: pre-wrap;"> Uno é dotado de todas as propriedades das frações discretas. Todavia, na forma de aspectos indiferenciados, formas de expressão da mesma propriedade invés de propriedades discretas. Como ilustração, a luz que penetra em um diamante experimenta refração e se propaga em múltiplas tonalidades peculiares de cor. Há um diamante, mas diversas facetas e nuances de cores. O Uno é detentor de plenitude e completude ontológica, invés de possuir graus finitos de perfeição. Em virtude do caráter absoluto do Uno, logo Ele é o aferidor por excelência da perfeição. O Uno retrata a condição de perfeição absoluta, encerrando a absolutez ontológica exclusiva da perfeição máxima. Porque contém pluralidade, multiplicidade, essa concepção é compatível com o trinitarismo bíblico. E sendo pleno esse Uno se identifica cabalmente com o Bem. Isso pois o Uno transborda em sublimidade invés de carecer do Ser.</span></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-50926435642101269242022-09-15T18:57:00.055+00:002024-02-23T20:51:13.141+00:00Solução adicional ao problema do mal e limites da ciência<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.wga.hu/art/g/ghirland/domenico/6tornab/62tornab/1appear.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="532" data-original-width="800" height="272" src="https://www.wga.hu/art/g/ghirland/domenico/6tornab/62tornab/1appear.jpg" width="411" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Dada a totalização, respaldada na magnitude máxima que forma plenamente o mal universal, a flutuação contínua colapsa plenamente. Totalização é plena atualização nos extremos opostos, exprimindo o estado de coisas estável em contraste com a flutuação. Em razão disso, ao maximizar os males particulares a extremidade do mal universal colapsa conjuntamente. Isso já que, na medida que nós totalizamos ou absolutizamos a incidência do próprio mal, configurando o mal universal, há plena supressão do mal particular. Em contraste com a abordagem "cética", esse é um princípio de ordem metafísica invés de ordem epistêmica. Em função disso, quanto mais os males individuais coletivamente se expandem em direção ao infinito absoluto, mais os males individuais isoladamente são reduzidos em direção ao zero, sendo que em última análise o mal é destituído de constituição. De fato há duas extremidades opostas caracterizando o mal universal e os males particulares. Como consequência, na medida que a combinação de males particulares constitui o mal universal, os males particulares se reduzem em relevância. Então materializar o mal universal se equipara à plena erradicação dos males particulares, e logo do mal universal. Ao consubstanciar o mal universal infinito os males particulares se reduzem ao nada. Logo, o mal é basicamente composto por nada. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sobre o método científico, a conjugação máxima dos dados empíricos em princípio universal implica no colapso da ciência. Do acúmulo universal de dados empíricos individuais resulta a plena falência do método indutivo e a plena consolidação do método dedutivo. Com a plena concentração dos dados empíricos, físicos e particulares, o caráter fisicalista e indutivista da ciência é suprimido em detrimento do princípio universal intrinsecamente associado com a própria metafísica. Em vista disso, a inferência do princípio universal, destituído de fisicalidade e particularização, resulta no colapso efetivo do método experimental, estabelecendo no processo a metafísica. Portanto o postulado universal emerge da soma dos particulares, mas não é redutível à própria soma dos particulares. Entretanto, invés de princípios mutuamente excludentes, por fundar a metafísica como o alicerce universal último das instanciações, sendo que a metafísica sustenta as instanciações empíricas particulares e fragmentárias, então isso notoriamente as consolida como fundamentos epistêmicos em esferas complementares do conhecimento. Sendo assim, ampliar os dados particulares ao status do princípio epistêmico universal consolida, endossa e instaura os dados empíricos fragmentários. Com efeito, a dualidade vigora, posto que o alicerçamento do princípio metafísico universal resulta nas instanciações e particulares. Dessarte, a metafísica retrata o domínio epistêmico universal balizador da ciência.</div></span><div><p></p></div>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-20950632957323748302022-08-20T20:40:00.261+00:002023-07-18T20:53:47.294+00:00Cosmologia e as razões psicoemocionais da descrença<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/Freud_420a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="420" height="361" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/Freud_420a.jpg" width="382" /></a></div><div style="text-align: justify;">Na verdade a vontade é o mecanismo que estipula, em última análise, a visão de mundo do indivíduo. Mesmo que a razão exerça uma função relevante, a vontade deve dar seu assentimento. Isso está firmado no próprio conceito de volição. Com efeito, isoladamente a razão é desprovida da capacidade de deliberação característica da volição. Nesse contexto, recalque e racionalização podem emergir como elementos fundamentais na consolidação da visão de mundo. O indivíduo reprime a verdade incômoda, a deslocando no processo para as camadas mais remotas do subconsciente. Ainda que a pessoa não tenha consciência direta do fenômeno, ela, no fundo, em última instância, está plenamente ciente da existência de Deus. Entretanto, a racionalização se baseia na tentativa de compatibilizar certo dado com um modelo pré-concebido de realidade. Na realidade, os fatos reputados como insuportáveis pelo consciente são banidos ao domínio do subconsciente. Em contrapartida, concepções conscientemente enaltecidas pela volição da pessoa são exaltadas e permanecem em vigência. Nesse quadro, a existência do Soberano cósmico é adversa e contraria as aspirações de autonomia e livre expressão do indivíduo. Ou tal pessoa assim depreende. A pessoa então racionaliza a supressão e repressão da verdade criando um simulacro da mesma, passando a crer no próprio construto mental erigido pela mente da pessoa. Decerto, todas as categorias concebíveis de multiverso se reduzem efetivamente ao universo tridimensional convencional, o denominado multiverso classe 1 de Tegmark. Nesse cenário, os universos são ramificações e desdobramentos de um universo primordial, com os pseudo-bangs desencadeando a criação de cada universo que principia. Entretanto, tão somente o universo primordial principiou com o Bang genuíno, que resultou na criação do espaço-tempo infinito. Na realidade, o mecanismo empregado na proliferação de universos é o postulado pela cosmologia inflacionária, com a ressalva de que há um espaço-tempo tridimensional subjacente do qual os universos extraem a energia necessária para efetivar a geração. Os universos bolha não são totalmente isolados, pois estão vinculados pelo substrato espaço-temporal subjacente. Além disso, os pseudo-bangs não se caracterizam como criação ex nihilo, mas apenas como criação ex matéria. Tão somente o Bang original constitui criação ex nihilo. Assim, porque os volumes de Hubble, que se identificam com os universos bolha, são causalmente desconexos, se infere que só a evidência empírica indireta pode constatar a sua existência.</div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-30581092348291418562022-07-12T02:07:00.032+00:002023-07-16T00:05:14.854+00:00Como alma e corpo interagem? Há realmente uma alma?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://abrancoalmeida.files.wordpress.com/2009/12/ptolomeu.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="328" data-original-width="500" height="255" src="https://abrancoalmeida.files.wordpress.com/2009/12/ptolomeu.jpg" width="387" /></a></div><div style="text-align: justify;">Céticos postulam que espírito e corpo são diametralmente opostos e/ou mutuamente excludentes, de forma que a alma jamais poderia interagir com o corpo. Na verdade isso constitui problema teórico unicamente para o teísmo dualista, fundamentado na premissa da alienação radical entre Deus e o cosmo. No monismo prioritário, a criação emana diretamente do Uno Absoluto, experimentando o processo de degradação, discretização e particularização. Pelo Uno e as formas arquetípicas primordiais serem fundamentais, em contraste com as instanciações individuais secundárias, a pluralidade ontológica tende à plena unificação. Em vez da radical ruptura que dicotomiza o Ser, há gradação desde o núcleo fundamental. Então a anterioridade das formas primárias funda o nível de proximidade e atração em direção ao Uno. Como ilustração, o campo gravitacional do sol atrai múltiplos corpos siderais em direta proporção à distância. Logo a dualidade mente/corpo se consubstancia no Uno, o substrato metafísico subjacente. Nesse contexto, o nível de proximidade referido se equipara ao nível de atração, sendo que o nível de proximidade do Uno tende à plena unificação. Já o dualismo mente/corpo se unifica no Uno pela primazia das formas primárias. Por fim, a materialidade e fisicalidade do cosmos correspondem à elevada discretização, corrupção e individuação, sendo que o nível de distanciamento do Uno é diretamente proporcional. Nesse caso, o Uno consiste em espírito, em contraposição à fisicalidade, que consiste em espaço-tempo físico e em matéria. Portanto a fisicalidade retrata elevado nível de afastamento do Uno, mas o nível mínimo configura a incorporação do espírito pelo Uno mediante convergência no mesmo. Isso é equiparável ao nível de afastamento do ânimo, onde a alma imaterial caracteriza o pleno funcionamento biológico, mas o corpo inanimado caracteriza completa privação de propriedades biológicas. Sendo assim, a materialidade do corpo carece plenamente do ânimo, estipulando o nível absoluto de proximidade do ânimo como a substância imaterial da alma. Pelo corpo inanimado expressar o afastamento máximo do ânimo, a alma imaterial manifesta a proximidade absoluta do ânimo. Sendo assim, a alma coincide com o nível máximo de proximidade do ânimo. Em contraste, o grau mínimo exprime o pleno desprovimento do ânimo no corpo. Isso com base no nível mínimo de deslocamento do Uno equivaler ao espírito, mas patamar elevado constituir a fisicalidade. Todavia o Uno é a fundação ontológica, mas não epistêmica, da plena identificação da alma imaterial com o ânimo.</div></span></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-13483220833743510762022-04-18T20:45:00.066+00:002023-07-18T20:54:31.723+00:00Persistência do ser, impossibilidade do nada, e a alma<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://alexandretoledo.files.wordpress.com/2020/05/richard-feynman.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="800" height="317" src="https://alexandretoledo.files.wordpress.com/2020/05/richard-feynman.jpg" width="379" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span>Há inviabilidade metafísica do nada. Mesmo as entidades destituídas de existência objetiva, como os fantasmas e o saci, possuem existência conceitual na medida que são concebidos pela mente e retratam o conteúdo da mente. O nada absoluto nem pode ser contemplado pela mente (quando nós tentamos visualizar o nada nós visualizamos o espaço vazio, que é algo). Portanto o nada não pode expressar um estado de coisas efetivamente real, nem pode exprimir um estado de coisas puramente intelectivo. Então há perenidade e estabilidade decorrentes da premissa anteriormente desenvolvida. Sendo assim, porque o nada metafísico jamais pode manifestar um estado de coisas, se infere que nenhum ente se dissipa ou se destrói, mas sim se sustém em existência. A própria lei da conservação de energia, supostamente de ordem estritamente física, instancia o princípio da perpetuação ontológica. A norma quântica da indestrutibilidade da informação similarmente instancia e exemplifica a subsistência metafísica. Assim a consciência subsiste. No reino abstrato da consciência não há dualismo de substância, pois a imperecibilidade da energia física que só altera de forma ratifica que essa hipótese é plenamente infundada e carece de parcimônia ao postular uma entidade adicional. Não obstante, os fisicalismos reducionista e emergentista falham pois indicam a supressão da consciência invés da perpetuação. A constituição material do cérebro, desde os blocos fundamentais de construção (átomos), permanece virtualmente inalterada no exato instante da morte. As funções vitais do corpo colapsam antes da dissipação de energia e do processo de desintegração do organismo. Logo essa inalterabilidade resultaria na permanência da própria consciência, o que não ocorre. Então as propriedades em macro-escala nem se reduzem nem emergem da interação entre os blocos de construção. Isso pois a transitoriedade da consciência e funções vitais contrasta com a virtual imutabilidade e persistência da constituição física. Assim, resta o idealismo. Em contraste com a estabilidade da consciência, o falecimento na verdade constata que a consciência incorporada no corpo é perecível e efêmera. Assim, a consciência encapsulada no corpo é transitória e fugaz, mas a consciência como entidade subsistente em si mesma é estável e persistente. Portanto a consciência deve constituir substância transcendente ao corpo e dotada de vida como propriedade intrínseca e inextrincável. Logo tal integração mente x corpo </span>conceitua o monismo idealista, e se manifesta como instâncias do reino arquetípico abstrato da consciência. Com efeito, no plano material a consciência está fragmentada em corpo e mente, mas no domínio abstrato ulterior mente e corpo se consubstanciam na consciência. Dessa maneira o monismo idealista efetivamente se estabelece.</div></span></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-59706986782664206502022-04-17T01:18:00.009+00:002023-07-15T23:20:06.751+00:00Deus exige adoração? Presciência anula a liberdade?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images.wikia.com/ars-curandi/pt/images/3/35/ImPasteur.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="411" data-original-width="329" height="443" src="http://images.wikia.com/ars-curandi/pt/images/3/35/ImPasteur.gif" width="354" /></a></div><div style="text-align: justify;">Na realidade Deus é o Bem por excelência, a própria encarnação e personificação do Bem. Então, nessa condição, Deus deve amar a Si mesmo de forma suprema, e assim deve reivindicar das criaturas compromisso absoluto com Ele mesmo, e tal compromisso se caracteriza como ato de adoração. O ato de adoração não se restringe ao louvor verbal e mecânico, mas se constitui na consagração da vida em todos os seus aspectos. Com efeito, esse requisito estabelecido por Deus é, sobretudo, compassivo e repleto de bondade e misericórdia. Isso dado que, sendo Deus o próprio modelo e expressão máxima do Bem, é a fonte do Bem e estar destituído da presença de Deus equivale a estar destituído do Bem. Então Ele busca o Bem das criaturas ao demandar das criaturas adoração. Do contrário as criaturas herdariam fatalmente a miséria eterna. Logo inferimos que não é egocentrismo de Deus Ele valorizar a própria essência do Bem, ou seja, a Si mesmo, acima de todas as coisas e requerer adoração de todos os homens. O bem estar das criaturas depende vitalmente do vínculo estabelecido com Deus mediante a adoração. Já que, por meio desse vínculo, Deus pode instilar virtude para a subsistência do indivíduo no decorrer da própria eternidade. Na verdade a presciência divina não inviabiliza o livre arbítrio. Deus, em Sua onisciência, conhece tão intimamente a pessoa que Ele sabe intuitivamente o curso de ação que tal pessoa deliberadamente escolherá. Como ilustração, posso conhecer tão bem meu pai que até atos impulsivos ou dotados de certa imprevisibilidade seriam patentes e notórios. Possuir conhecimento exaustivo e minucioso do âmago, do cerne, da essência do indivíduo é a condição necessária e suficiente para inferir com exatidão o rumo de ação que essa pessoa livremente escolherá. Nisso não há violação da liberdade libertária, pois a presciência pertence somente à esfera epistemológica, não ontológica. A presciência conhece meticulosamente o ser mas não causa efetivamente os seus atos. Deveras, essa tese preserva expressamente a onisciência de Deus sem transgredir o livre arbítrio humano. Não há nenhuma razão para cogitar implausibilidade de tal modelo teórico. Certamente, se conheço profundamente a pessoa e a personalidade dela, sei infalivelmente qual será a sua reação diante de qualquer interação de eventos. No entanto, isso não resulta em nenhuma interferência em sua livre escolha. Se conclui que os críticos estão totalmente equivocados em presumir incompatibilidade entre presciência e livre arbítrio libertário. Portanto tal questão está definitivamente esclarecida.</div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-49649353493132947282022-04-02T22:17:00.015+00:002023-11-21T03:32:02.521+00:00Sobre problema do inferno e os paradoxos do infinito<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/52/Lemaitre.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="497" height="404" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/52/Lemaitre.jpg" width="371" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">O problema do inferno eterno está vinculado ao problema do mal. Primeiramente, a finalidade de Deus é resgatar os remidos e os réprobos são meramente acidente de percurso. Todavia o inferno não é câmara de tortura onde a pessoa é atormentada de formas excruciantes pelos carrascos. Na realidade o inferno se caracteriza por tormento auto-infligido, decorrente da liberdade individual em se insubordinar contra Deus, a encarnação absoluta do Bem. Nesse sentido, o inferno está baseado no respeito de Deus pela escolha pessoal do homem. Paralelamente, Deus não pode violar a lógica pois, no caráter de fonte da existência, é a própria personificação dos princípios básicos da lógica. Em contraste, consequentemente a contravenção da lógica é equivalente ao conceito do nada absoluto, que não pode configurar um estado de coisas. Por ser logicamente inexequível obrigar criaturas livres a servir a Deus, é concebível que em nenhum mundo factível todas as pessoas escolheriam livremente a retidão. Sendo assim com o fim de capacitar muitos a herdar o paraíso eterno, para outros o inferno resultaria como consequência inexorável. Sobre paradoxos da infinitude, o Uno é o estado fundamental da realidade onde a pluralidade discreta se converte nas formas de expressão da mesma substância. Tais formas são aspectos indiferenciados em vez de propriedades discretas. Assim como a luz penetra num diamante e se fraciona no espectro eletromagnético visível, expressando diversidade de cores na singularidade de um diamante, no Uno há infinitos aspectos exprimindo numerosidade de nuances da mesma entidade quantitativamente singular. Em razão disso, as propriedades adversas, incompatíveis, e mutuamente excludentes se harmonizam na unidade ulterior do Uno Absoluto. O conceito de infinitude persiste, desde que cada aspecto constitui uma manifestação peculiar do Uno e há infinitos aspectos retratando a infinitude do cosmo, mas os aspectos integram o Uno e são fundamentalmente modos de manifestação da mesma entidade. Por isso propriedades supostamente contraditórias que caracterizam predicados do Uno Absoluto são conciliáveis. Como ilustração, o magro em contraste com o gordo tem pouca massa, tipificando o aspecto massa. Assim como o baixo em contraste com o alto tem pouca altura, tipificando o aspecto altura. De fato propriedades aparentemente anatagônicas de Deus e as propriedades contradizentes do cosmo se compatibilizam. Infere-se então que o infinito reside no Uno e se reduz ao próprio sem cessar de ser infinito. Isso efetivamente soluciona todos esses paradoxos.</div></span><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-44275421868477329582022-04-01T00:56:00.016+00:002023-12-20T22:13:48.497+00:00Mas os milagres realmente violam as leis da natureza?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDiMn9k_S2XI3JO8nygMkVE5SssvQPTaxkNCTiL_x9fSO_umZNx-lmX6UPzFxQXjU11d3EZjm8Y8Em4vu-GGlVCQ33tM5sQ5S5gnNx-PC8cYVxgRdgsjRvrh0TbS2A1leGpuXXQdlPpKs/s667/disciples.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="505" data-original-width="667" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDiMn9k_S2XI3JO8nygMkVE5SssvQPTaxkNCTiL_x9fSO_umZNx-lmX6UPzFxQXjU11d3EZjm8Y8Em4vu-GGlVCQ33tM5sQ5S5gnNx-PC8cYVxgRdgsjRvrh0TbS2A1leGpuXXQdlPpKs/w366-h279/disciples.jpg" width="366" /></a></div><div style="text-align: justify;">Críticos do sobrenaturalismo postulam que os milagres violam as leis físicas que regularmente operam o universo. Todavia, talvez os incidentes que supostamente transgridem as leis da natureza integrem um conjunto mais amplo de leis. Em outras palavras, num espectro mais amplo de eventos uma certa exceção pode configurar uma norma operacional de expressiva frequência e regularidade. Sendo, assim, um princípio que se caracteriza como lei física. Nesse sentido, o milagre seria tão somente a instanciação de um evento que é estatisticamente raro, mas que não viola as leis da natureza. Na verdade o milagre caracterizaria uma lei num conjunto mais amplo de eventos. Como ilustração, a cada cem batidas de um relógio um barulho é emitido pelo relógio. Num domínio reduzido de batidas, o barulho é raro, mas num domínio mais amplo o barulho caracteriza certa periodicidade e constância. Uma outra abordagem infere que, no exato instante do milagre, um outro conjunto de leis pode substituir o conjunto vigente de leis. Nesse contexto, o milagre não constitui nenhuma violação das leis, mas a permutação de um grupamento de leis por outro grupamento de leis. De onde se conclui que o operador de milagres invoca outro aglomerado de leis e inutiliza o aglomerado vigente. É possível questionar a origem de tais leis físicas. Naturalmente Deus, sendo o causador, pode substituir as leis que regulam o funcionamento do universo por leis que operam cosmos possíveis. Logo essa resolução do problema postula que no instante do milagre Deus cria um conjunto de leis que substitui o conjunto das leis vigorantes. Todas as leis que incorporam o evento são efetivamente permutadas nesse processo. Finalmente, se enuncia que a realidade, em sua esfera mais fundamental, seja vasto bloco estrutural que pode ser moldado e modelado de infinitos modos distintos. Há aspectos que geram as inúmeras leis do cosmo, que não são imutáveis e inalteráveis, mas retratam a plasticidade inerente ao tecido do universo. Assim como o barro pode ser esculpido de diversos modos para forjar diferentes esculturas, assim o alicerce estrutural do universo é maleável e pode ser plasmado de infinitas formas distintas. O Uno, sendo o estado fundamental e primordial da realidade de onde as emanações procedem, pode materializar e particularizar o conjunto de aspectos que pretender. O próprio Uno, em seu âmago, é o arcabouço estrutural da realidade que pode se manifestar esculpindo o cosmo de infinitas formas. Isso porque no Uno há infinitos aspectos indiferenciados que se particularizam em propriedades discretas.</div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-46303725817508986152022-02-27T23:29:00.043+00:002023-07-16T00:06:39.549+00:00Uma breve síntese sobre três conceitos relevantes<p></p><div class="separator" style="clear: both;"><span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3o0_Zn0mgkbGxxlbCCCeLLXPhzN95AfkWn91uyDsue8siV5kzdbGX3l88uPAgex_mK0-wzC-xeMxl_ZYwF9wrYu5oJAPAYyfIXfVLj0m661OBgDHqVHr1gBacXw1D3qec7uWx-xhb544/s524/JonathanEdwards.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="524" data-original-width="501" height="373" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3o0_Zn0mgkbGxxlbCCCeLLXPhzN95AfkWn91uyDsue8siV5kzdbGX3l88uPAgex_mK0-wzC-xeMxl_ZYwF9wrYu5oJAPAYyfIXfVLj0m661OBgDHqVHr1gBacXw1D3qec7uWx-xhb544/w357-h373/JonathanEdwards.jpg" width="357" /></a></div></span><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Com efeito, a ciência moderna, embora seja uma ferramenta epistêmica últil, tem sérias limitações. Empregando a terminologia de Kant, a ciência certamente não pode transcender a esfera fenomênica da realidade para estipular infalivelmente o númeno e o fenômeno. O positivismo lógico, por exemplo, não transcende a experiência empírica para constatar efetivamente sua antimetafísica. No máximo a ciência deve adotar postura agnóstica e suspender o juízo sobre essa controvérsia metafísica. Isso dado que essa questão é essencialmente infalseável, ultrapassando o escopo do método científico. Nenhum experimento poderia falsificar hipóteses que rigorosamente sobrepujam a percepção empírica e sensorial. Especular sobre os temas empiricamente inacessíveis, que o método científico não contempla, que transcendem os dados sensoriais, é se engajar na metafísica que extrapola plenamente o método. Na minha concepção, a formulação do argumento Kalam elaborada pelo filósofo Craig comete flagrante petição de princípio. Isso sem abordar o finitismo totalmente injustificado do filósofo Craig, que demonstra no máximo que o conceito de infinito é contraintuitivo. Contestar a concepção de infinito com base em preceitos inerentes à finitude é incontestável equívoco categorial. Craig argumenta que a sequência finita dos eventos jamais poderia resultar na infinitude. Porém, obviamente se o universo é eterno logo nunca houve um estado de coisas temporalmente finito. Na verdade apenas partindo do postulado de que o universo principiou e foi agregando novos eventos em direção ao infinito que o argumento funciona. Em vista disso, a elaboração do Kalam empreendida por Craig comete erros primários que resultam em petição de princípio e consistem nas razões da discórdia. Sobre a evolução biológica, é totalmente ineficaz como argumento favorável ao ateísmo. Decerto, a macroevolução está baseada num conjunto de princípios e constantes meticulosamente ajustados, constituindo uma ordem subjacente à evolução biológica e manifestando design em escala cósmica. Além disso, mesmo admitindo evolução na esfera biológica, a cosmologia moderna indica que houve criação na esfera cósmica. A estase no registro fóssil, onde a morfologia estrutural das principais formas de vida permanece virtualmente inalterada no decorrer das eras, constitui evidência contrária ao gradualismo darwinista. Uma progressão contínua das formas transicionais é requerida; não um número reduzido, mas literalmente milhões. Além do que, na realidade o registro fóssil é melhor explicado pelo catastrofismo súbito.</div></span></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-23533770675356483722022-02-02T15:09:00.024+00:002024-03-03T00:23:37.347+00:00Sobre assentimento e as experiências de quase morte<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="301" src="https://www.youtube.com/embed/EfTn0bTuMYA" width="362" youtube-src-id="EfTn0bTuMYA"></iframe></div><span data-offset-key="ccjbj-0-0" style="color: #050505; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"><div style="text-align: justify;"><span data-offset-key="ccjbj-0-0">A cosmovisão ateísta não é fundamentalmente uma postura racional diante da evidência, mas é em essência uma reivindicação de autonomia. Essa reivindicação se manifesta de diversas formas. Como revolta decorrente do luto, de infortúnios pessoais (condições físicas, econômicas e profissionais adversas), frustrações amorosas e distúrbios familiares, como a necessidade de interação social ou admissão em contexto social específico, como a necessidade de auto-afirmação (o desejo de engrandecimento/reconhecimento pessoal), como resultado do complexo de Édipo (o desejo de entronizar o</span><span data-offset-key="ccjbj-2-0"> ego e usurpar a autoridade de Deus), como necessidade de se envolver em conduta ilícita e sem restrições morais, como manifestações culturais condicionadas à visão de mundo dominante num particular núcleo cultural ou familiar, etc. </span><span>Na verdade, realmente não creio que o assentimento da pessoa a dada cosmovisão seja meramente resultado de reflexão racional, mas de um amplo conjunto de fatores (racionais, culturais, sociais, morais, etc) que são formas de expressão de dois arquétipos ou modelos psíquicos básicos. Decerto, a cosmovisão da pessoa é diretamente moldada por sua postura de sujeição ou autonomia diante do Supremo. No caso do ateu, em contraste com a rendição à figura onipotente, benevolente e soberana de Deus, a pessoa reivindica autonomia. Ou tal pessoa redimensiona a rendição, atribuindo ao cosmos o caráter provedor, providencial e transcendente da divindade. Esses dois modelos constituem os mecanismos psicológicos do assentimento do indivíduo ao teísmo ou ao ateísmo. Porém, isso somente reflete o processo de assentimento, em vez de repercutir na evidência do teísmo. No meu entendimento, ao examinar minuciosamente essa temática, a</span><span style="text-align: left;"> evidência mais categórica e contundente do caráter sobrenatural das EQMs é o fato da pessoa passar por experiências tão vívidas, lúcidas e plenas de detalhes mesmo num estado comatoso, debilitado e fragilizado. Além da pessoa, nesse mesmo estado, constatar eventos e diálogos nas proximidades locais cuja ocorrência foi posteriormente atestada. Porém, é certo que</span><span style="text-align: left;"> tais experiências não servem de evidência conclusiva e incontestável da fé cristã. Isso dado que há elementos recorrentes nas EQMs que são controversos no contexto da fé cristã. Há alguns pensadores cristãos que atribuem certas experiências à manipulações perpetradas por demônios ou forças espirituais malignas. Especialmente quando parecem endossar o pluralismo religioso. </span><span style="text-align: left;">No entanto, algumas pessoas certamente parecem ter tido contato com Deus, o próprio Ser Supremo, e as EQMs servem pelo menos para fortalecer e reforçar a crença fundamental na imortalidade da alma.</span></div></span><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-4479453353471411442021-11-17T00:28:00.261+00:002024-02-16T13:24:04.593+00:00É possível possuir certeza ou convicção no ateísmo?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitsraLYaxDphpjzARr5h5v5xjpN1pAPTVj7T4TBaeRd-J2Cp5zIOs6P4FW22XKAdft1nhTKhtqBpOadySI-yhlrYU8ElBwqqeKwedT5EFuXf-ha-Zi-c6LpKHclRfiXHJRfUthyphenhyphenfqh8j5o/s430/1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="430" height="361" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitsraLYaxDphpjzARr5h5v5xjpN1pAPTVj7T4TBaeRd-J2Cp5zIOs6P4FW22XKAdft1nhTKhtqBpOadySI-yhlrYU8ElBwqqeKwedT5EFuXf-ha-Zi-c6LpKHclRfiXHJRfUthyphenhyphenfqh8j5o/w361-h361/1.jpg" width="361" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Não há base racional onde fundar a plena convição do ateu. Por causa de nossa limitação epistêmica e cognitiva, a certeza matemática é impossibilitada. Pela mesma razão, até as estimativas probabilísticas são infundadas. Em um contexto ôntico mais amplo, novos dados podem sempre minar a plausibilidade da evidência disponível. É possível argumentar que esse estado de coisas se aplica ao método indutivo mas não ao método dedutivo. Afinal o método dedutivo parte do geral para o particular, sendo que a conclusão decorre necessariamente das premissas. Todavia, novamente, a limitação epistêmica e cognitiva humana refuta tal proposição. É impossível erradicar a hipótese de que num contexto ôntico mais amplo novos dados revertam o cenário. Como ilustração, reflitam nesse silogismo: A) Todos os homens são mortais. B) Sócrates é um homem. C) Portanto Sócrates é mortal. Logo há plena convicção decorrente do silogismo, certo? Não. Novos episódios podem demonstrar que a premissa central do silogismo está equivocada. Para isso basta encontrar um homem imortal. Em razão disso, generalizações dedutivas não fornecem firme fundamento para a convicção pessoal do ateu. Em função da condição humana, nem certeza metafísica nem elevada probabilidade são supridas. Logo não há fundamento racional para o assentimento do ateu. Se infere que, ao contrário do teísmo, o ateísmo se baseia em mera especulação, pois o infinito regresso não tem sólido alicerce. O teísmo contempla todos os possíveis domínios de existência, perpassando a totalidade dos reinos escorados no Uno Absoluto como base primária. Contudo o ateísmo está firmado na evidência fragmentária do infinito regresso, em contraste ao argumento que resulta no Uno como base ulterior da existência. Decerto, a asserção fundamental do ateu é que, pelo princípio da refutabilidade, novas esferas de ser podem sempre plausibilizar novamente outra cosmovisão. Se, em tese, o estado de coisas racionalmente vigente favorece o ateísmo, num contexto mais amplo pode favorecer o teísmo, numa conjuntura ainda mais vasta pode favorecer o panteísmo, regressando ao ateísmo num regresso infinito circular. Então esse processo jamais resulta no alicerce substancial da existência. No teísmo, em contrapartida, há uma base estrutural, a causa primária, que sustenta o processo. Restam só duas alternativas: O ateísmo, fundado em evidência fragmentária, no regresso infinito, que não se assenta em certeza/probabilidade, e o Uno Absoluto, que expressa a base primordial da realidade e provê certeza suficiente para convicção do teísta. </div></span><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-29140393857947098122021-11-14T23:41:00.021+00:002023-04-13T16:00:10.288+00:00Uma breve abordagem de três questões fundamentais<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgizxuTLaSLh-s42sVVBULvR6asi58gfgB8uaAhTtAZUA5WC8_kLnimpZKziazOXh6CRdsbjMqTT0QHyX63M__rui3jfM0KEBBJERg1CVbVHBaZWCULRQxILl4-pHy3UX3M1TH0g1wQeWY/s400/VERDADE2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="257" data-original-width="400" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgizxuTLaSLh-s42sVVBULvR6asi58gfgB8uaAhTtAZUA5WC8_kLnimpZKziazOXh6CRdsbjMqTT0QHyX63M__rui3jfM0KEBBJERg1CVbVHBaZWCULRQxILl4-pHy3UX3M1TH0g1wQeWY/w379-h242/VERDADE2.jpg" width="379" /></a></div><div>Em primeiro lugar, o paradoxo da pedra é categoricamente falacioso. Isso porquanto estipula como premissa que Deus seja capaz de não ser onipotente para ser onipotente, o que é uma patente contradição lógica. Ora, tudo que Deus criar Ele pode erguer. Nem precisamos nos escorar na concepção cartesiana de onipotência para inferir isso. Basta apenas entender que a criação de Deus é metafisicamente inferior a Deus, de modo que Deus exerce pleno controle sobre a criação. Ou seja, é logicamente impossível que Deus crie uma pedra que Ele não pode sustentar. O paradoxo comete petição de princípio porque postula a impotência como condição fundamental da onipotência. Além disso, viola o princípio da não contradição já que postula como requisito básico de onipotência que Deus não seja onipotente. Portanto nós estamos totalmente justificados em rejeitar o paradoxo e considerá-lo como falácia. Por certo, o cientificismo clama ser o único método plausível de abstrair conhecimento efetivo da realidade última. Dito isso, pressupõe e incorpora o fundacionalismo epistêmico, consistindo basicamente em diversos princípios de ordem metafísica. Já que afirma que a ciência é o único método para sondar a realidade, o cientificista se baseia no princípio da identidade, da não contradição, e do terceiro excluído. Isso visto que, basicamente, ele presume que o cientificismo é válido e que a hipótese rival está equivocada. No processo de estimar a inoperância da metafísica, a ciência moderna incorpora os três princípios basilares da razão. Certamente, se o cientificismo é real as hipóteses metafísicas rivais colapsam. Ao reivindicar que os modelos metafísicos são equivocados, o cientificismo argumenta que a ciência é a única concepção factual, presumindo a operação dos primeiros princípios da razão supra citados. Finalmente, nós inferimos que há solução eficaz para o problema do mal. Tal solução enuncia que nos primórdios da história, no jardim do Éden, o primeiro casal foi criado moralmente neutro e exposto à teste visando consolidar sua essência moral e espiritual. Antes de deliberar entre bem e mal o casal não havia estabelecido sua constituição moral, sendo que era moralmente e espiritualmente neutro. Decerto, no pleno exercício do livre arbítrio, condição básica para um mundo moralmente significativo, o homem escolheu deliberadamente o mal. Sem o livre arbítrio, o mal inexiste mas isso inviabilizaria a expressão do próprio bem. Contudo, o mal se perpetuaria como possibilidade latente no decorrer da eternidade. Então o mal devia se manifestar e revelar seu caráter maléfico para ser julgado.</div></span></div><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1235262844876735947.post-32796187912376878592021-08-03T05:29:00.014+00:002023-04-13T13:28:39.289+00:00Uma teodiceia revisitando o cerne do problema do mal<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPTet56irKo8-xo0yUiIA3kkoXA-XAjMlOMvCQtr228EpiJASX3zrBh5nw7yrEVjtnM-KxCQIWQyGJ0Ouq4MmJMjmUM2bQBrAUzeZ-sikltOpx3PV3RbOx8BfdKg_O-epk5tKyun8HRMM/s540/tumblr_m2mdzpFzcv1rs1kfho1_1280.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="540" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPTet56irKo8-xo0yUiIA3kkoXA-XAjMlOMvCQtr228EpiJASX3zrBh5nw7yrEVjtnM-KxCQIWQyGJ0Ouq4MmJMjmUM2bQBrAUzeZ-sikltOpx3PV3RbOx8BfdKg_O-epk5tKyun8HRMM/w383-h240/tumblr_m2mdzpFzcv1rs1kfho1_1280.jpg" width="383" /></a></div><span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Em resposta à teodiceia proposta pelo teísmo cético, ateus formulam contra-argumentos supostamente sólidos ou plausíveis. Porém, esses argumentos estão baseados na capacidade cognitiva e epistêmica limitada de tais críticos enquanto seres humanos. Os ateus não podem superar a limitação humana para elaborar um argumento infalível. Nesse contexto, os críticos ateus tem o ônus de demonstrar que, infalivelmente, os seus argumentos contradizem a onibenevolência de Deus. Para isso eles precisam introduzir todos os dados relevantes, baseados na sondagem exaustiva da realidade. Nesse cenário, enquanto houver efetivamente possibilidade de compatibilização, o teísmo cético está justificado. Essa possibilidade é suprida pela premissa fundamental do teísmo cético: Nossa capacidade cognitiva e epistêmica é limitada, enquanto que Deus é onisciente. Essa realidade é incontestável, e por mais que os ateus especulem, essa constatação os espera no fim das suas elucubrações vazias. Dito isso, a reivindicação de plausibilidade da tréplica dos ateus é refutada com base na deficiência humana. Então qualquer contra-argumento refletirá essa debilidade inexorável e nunca poderá evitar a abordagem fundamental do teísmo cético. Em resumo, em resposta à teodiceia postulada pelo teísmo cético, os céticos elaboram argumentos supostamente razoáveis ou consistentes. Todavia, esses argumentos estão fundados na capacidade cognitiva e epistêmica limitada dos céticos ateístas na condição de seres humanos. Os céticos não podem transcender a limitação humana para conceber um argumento infalível. Nesse cenário, os céticos tem o ônus de demonstrar que, infalivelmente, os seus argumentos inviabilizam a onibenevolência de Deus. Para isso eles precisam fornecer todos os dados relevantes, fundados no escrutínio minucioso e exaustivo da realidade. Nesse cenário, enquanto persistir incontestavelmente possibilidade de harmonização, o teísmo cético tem plena credibilidade. Essa possibilidade é facultada pelo postulado básico do teísmo cético: Nossas faculdades cognitivas e epistêmicas são limitadas, enquanto que Deus é onisciente. Esse fato é indubitável, e por mais que os ateus contestem, essa constatação os espera no fim das suas especulações vazias. Sendo assim, a reivindicação de probabilidade da tréplica dos ateus é refutada com base na incapacidade humana. Logo todo contra-argumento manifestará essa incapacidade inexorável e não poderá suprimir a abordagem básica do teísmo cético. Sendo assim, tal tema deve ser reputado como estando definitivamente solucionado e elucidado.</div></span><p></p>Viniciushttp://www.blogger.com/profile/02507160042369068490noreply@blogger.com0